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Diversidade, uma forma de fazer a diferença

VT

As empresas mais diversificadas são capazes de ganhar talento de topo e melhorar a sua orientação para o cliente, a satisfação dos empregados e a tomada de decisões. São aspetos positivos e vantagens competitivas que podem atrair e reter talentos tão diversos e enriquecedores.

Cada vez mais, no decorrer de entrevistas de emprego, a abordagem a assuntos relacionados com a diversidade e inclusão é feita... pelos próprios candidatos.

Vanessa Torre, Labour Integration and Recruitment Manager da ISS Portugal

Não se trata apenas de candidatos da geração Y ou da geração Z: todos os que querem abraçar um novo desafio preocupam-se em saber pormenores da conduta ética e social que vão encontrar na organização que os pode vir a acolher.

É notável que a preocupação com questões relacionadas com a inclusão e a diversidade ultrapassou a esfera individual e comunitária, atingindo também as organizações como um fator de distinção e seleção.

Esta realidade faz com que seja visível que um dos maiores desafios na área de gestão de pessoas seja, sem dúvida, a gestão da diversidade humana. Mas, quando falamos em diversidade e inclusão, não nos podemos restringir apenas a políticas, a programas ou a número de colaboradores. Quando falamos em diversidade e inclusão estamos também a falar sobre aceitar a diferença, respeitar as necessidades, ouvir as diferentes perspetivas e potenciar o talento de todos, sem exceções.

Podem parecer tarefas assustadoras, no entanto, o tempo e o esforço investido em ações que apoiam a diversidade irão ajudar a organização a alcançar os seus objetivos de forma sustentável, competitiva e recompensadora.

Ou seja, como resultado, locais de trabalho diversificados e inclusivos, acabam por gerar inúmeros benefícios. Está comprovado que colaboradores com diferentes origens e histórias de vida oferecem visões e ideias distintas, o que ajuda a impulsionar uma cultura empresarial de criatividade e inovação. Um ambiente inclusivo estimula a consciência heterogenia e cultural, o que faz com que as organizações entendam melhor as necessidades particulares das suas pessoas e dos próprios clientes. Além disso, o sentido de pertença e a retenção de talento são também evidentes em Organizações que defendem a diversidade. 

No entanto, para que a diversidade se torne parte ativa da cultura de uma organização é também preciso que exista uma união coletiva que estimule um ambiente inclusivo e a consciência de que a diversidade Humana traz valor acrescentado para a sociedade e para a própria organização. A inclusão deve estar presente em todo o processo de recrutamento e seleção, mas também devem ser definidas estratégias inclusivas objetivas, cultivar uma cultura organizacional que acredite na igualdade de oportunidades e educar as lideranças para a valorização da diversidade.

Desta forma, a questão que as Organizações devem colocar a si próprias é: o que posso fazer para promover a diversidade? E depois começar a construir o seu próprio caminho a partir das respostas que forem dadas a esta questão.

O desafio parece maior do que aquilo que realmente representa: basta acreditar. Acreditar que somos efetivamente todos diferentes, mas que todos têm o direito às mesmas oportunidades e que qualquer pessoa pode desenvolver uma atividade profissional com igual padrão de produtividade, independentemente do que a caracteriza.